O que? Para que? Perdão com cheiro de nardo.


O que leva a uma mulher, em sua sã consciência, optar por uma profissão que consiste no fato d’ela vender o seu corpo?

Será que você tem idéia, do que é deitar-se com alguém, na maioria das vezes completamente desconhecido? Em outras vezes mal cheiroso? Será que você sabe o que é sentir o hálito fedido, o toque asqueroso de mãos desconhecidas, percorrendo suas partes mais íntimas, fazendo em frangalhos o manto de sua honra cada dia mais fragilizada? Quase inexistente?

Meu Deus, o que se passa na mente de uma pessoa que sai de casa todos os dias, carregando as incertezas causticantes que massacram o seu coração, sem lhe dar nenhuma garantia d

e que retornará para o seu lar? Ou será que a sua condição de ser, não lhe permite ter um lar? Será que é possível ser uma prostituta e ter alguém que lhe espere todas as noites? Braços ternos que lhe amem, que lhe protejam, que lhe dêem carinho?

Qual é o tamanho da dor, da frustração, da desilusão, que sente uma pessoa que carrega o estigma da prostituição remunerada?

Certa mulher, que vivia esse tipo de vida, com todas essas angústias, decidiu fazer um investimento, e guardar parte do dinheiro que ganhava para aplicar em certo sonho de consumo que ela possuía. Um vaso de alabastro, cheio de unguento de nardo puro, algo t

ão caro que, seria necessário o valor de 300 dias de trabalho de um homem para comprá-lo. Não sei ao certo, quanto tempo ela levou para juntar esse dinheiro, mas sei que custou muita dor, muita repulsa, muitas frustrações, muitas decepções, talvez alguns espancamentos (visto que é comum esse tipo de coisa na vida de uma prostituta),quem sabe alguns momentos de fome, o fato é que ela conseguiu.

Juntou o dinheiro suficiente, e como em um sonho, em meio a tantas coisas ruins, um belo dia, ela entrou na loja, e orgulhosamente realizada, saiu de lá carregando em suas mãos, o bem mais precioso de sua vida. Nossa! Quantas lágrimas custaram aquele vaso de alabastro. Mas espere.

Pensando bem, qual o real objetivo de tão preciosa aquisição? Por que comprar um perfume tão caro, se ela não tinha para quem se perfumar? Digo alguém em especial. Para que comprar uma fragrância tão cara? Para deitar-se com estranhos? De forma nenhuma. Para que então?

De repente aquilo em que ela depositou todo o seu ideal, no que ela direcionou todos os esforços, pareceu tão evasivo, tão fútil, tão sem préstimos que a sensação de satisfação alcançada no momento da compra, foi devorada de forma voraz e avassaladora por uma terrível sensação de vazio e frustração, lançando em um abismo escuro e profundo, a sua felicidade. E agora?


Imersa nesses questionamentos angustiantes, não percebeu que estava se aproximando de uma multidão que cercava um homem nazareno, aparentando uns trinta e poucos anos, extremamente comum como qualquer um. Mas, quando a voz que emanava de forma sobrenaturalmente amplificada, penetrou em seus ouvidos, trazendo uma palavra diferente, falando acerca de Deus e de seu amor incondicional por todos os homens, inclusive por ela mesma, de repente uma alegria imensa começou a crescer dentro dela com a intensidade de mil sóis, e ela começou a acreditar que iria explodir de alegria, satisfação, confiança, razão de ser, de existir, sentimentos a muito esquecidos por sua vida tão sofrida.

Quem é esse homem? Perguntou ela avidamente. E como resposta ouviu: esse é Jesus de Nazaré. Ele diz que é o filho do Deus vivo. Ela mal conseguiu ouvir direito o som da voz do seu interlocutor, pois o seu coração gritava desesperadamente altissonante e ela sabia que sua grande necessidade existencial, nunca havia sido o vaso de alabastro. Sua necessidade era infinitamente maior que aquilo. Ela tinha sede de Deus, do Deus vivo, e Ele estava ali, diante dela, a poucos metros, na figura de um judeu nazareno.

Ela viu quando aquele homem maravilhoso entrava na casa de um fariseu chamado Simão. E agora? O que fazer? O que eu poderia dar a esse homem como prova do meu imenso amor por Ele? Da minha imensa gratidão? De repente ela percebeu que tinha em suas mãos, o seu bem mais precioso.

O que faria então? Desrespeitando todos os protocolos, ela invadiu a casa do fariseu, mesmo com a fama de prostituta e sem ser convidada, invadiu a sala do jantar.

Sem olhar para mais ninguém, como se ninguém mais estivesse ali, a não ser ela e aquele homem maravilhoso, prostrou-se aos seus pés, e começou a beijá-los avidamente, desesperadamente, obstinadamente, mas de uma forma inexplicável, satisfatoriamente, aliás, ela nunca havia sentido uma satisfação maior em toda a sua vida, nem nunca havia sentido tanta felicidade como naquele momento, em que a avidez se vestia de mansidão e chorando abundantemente, ela lavou os pés de Jesus com suas lágrimas, e constrangida, tentou enxugá-los com os seus próprios cabelos, para por fim, banhá-los e ungi-los, os pés de Jesus, com o caríssimo perfume. Agora sim. Ela sabia o que fazer com o vaso de nardo. Quebrou e o derramou abundantemente sobre os pés de Jesus. Aquilo lhe causou uma alegria tão profunda que naquele momento, chegou a pensar que morreria de tanta felicidade.

Jesus não a julgou. Simplesmente a amou, com um amor incomparável, o amor de Deus, e a perdoou, e a salvou. Gentil e amorosamente, a salvou.

E você? Por ventura não vive uma vida de angústias, de dores, de frustrações? Será que você também, já não depositou suas aspirações em algo que você imaginou que seria primordial e de repente, quando alcançou, descobriu que não era aquilo, que tudo é tremendamente sem sentido? Que a única expressão que lhe vem à mente, na tentativa desesperada de remediar o vazio dentro de você é: “E agora?”.

Se você vive esse momento, esse é o “MOMENTO” de oferecer a Jesus, o seu vaso de alabastro. O que você tem de melhor. Não precisa ser uma prostituta, para ser uma miserável necessitada. Todos nós somos miseravelmente necessitados, de paz, de perdão, de cura, de libertação, de redenção, de amor verdadeiro, o amor de Deus, que só em Jesus encontramos.

“Vinde a mim!” Disse Jesus, aos cansados e sobrecarregados, dando-lhes uma promessa fiel. ”Eu vos aliviarei!”. Você não gostaria de vir até ele agora? Lucas 7:39-49.Rogério Ribeiro.

5 Comentários:

Vanessa B. disse...

Esse texto me fez refletir bastante sobre as minhas aspirações, e cheguei a conclusão de que não sei se oq desejo é o certo. Mais tenho a certeza de uma coisa: Jesus, meu Mestre é o meu alvo.

Unknown disse...

Rogerio gostei;preciso ser mais grato a Deus por tudo. a paz do Senhor! valeu. valdir

Unknown disse...

sem palavras... DEUS é maravilhoso.

Unknown disse...

sem palavras... DEUS é maravilhoso.

breno disse...

Grande mestre,
Muito bom!

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