Amo ter sede,quando estou diante do teu rio.

Tenho sede!

Por que isso me vem à mente agora?
Não se trata apenas de uma necessidade física, mas de uma necessidade “absoluta”.
Falta algo em mim. Talvez seja a vida que me escapa por minhas feridas.
Talvez sinta falta do que me completa.
Talvez me complete com qualquer coisa, ou talvez não.Tenho sede! Sede e fome!

Minhas necessidades aumentam a cada dia. Meu vazio aumenta, meus anseios se multiplicam desgovernadamente.

Não tenho em mim a palavra determinada, pois toda palavra que “do nada” chama a vir à existência, pertence a Deus.
Deus tem sede? Deus necessita de algo?Por que às vezes Ele age como se isso fosse verdade?
Como alguém que abriga no seu interior, a imensidão da eternidade, apresenta-se como “coparticipante” das ações que

determinam e escrevem a história dos povos, abrindo mão de suas sublimes prerrogativas, concedendo ao homem a maldição de “ser livre”, sem, no entanto sermos capazes de fazer valer de forma absoluta, as nossas vontades?

Somos livres? Então por que continuamos com sede? Que liberdade é essa, que me aprisiona a mim mesmo? Por que isso me vem à mente agora?
Queria que a minha sede de ti, oh Deus, suplantasse a sede que sinto por mim mesmo. Assim então, eu saberia que, tu estás no controle de tudo. Mas, independente de qualquer coisa, é assim que eu acredito.

P.S. Acredito que minha sede é sem sentido, e só encontrará sentido, diante do rio que emana d’aquEle em cuja presença, o “ter sentido ou não”, não faz o menor sentido. Pois, diante dEle, o inexplicável se explica, e o incognoscível, se torna claro, clareando o quarto escuro, para por fim, saciando a minha sede, a minha vida encontre o único sentido para o qual foi criada.

Louvar e bem dizer para sempre, o nome santo de Jesus.

Rogério Ribeiro.